É já esta quarta-feira que arranca um dos mais icónicos festivais de verão de Portugal, o Vodafone Paredes de Coura. Ao longo dos seus 30 anos de existência, o mais antigo e carismático festival português tem feito história na descoberta de novas promessas musicais e na apresentação dos nomes mais consagrados da música a nível mundial.
Com uma programação cuidada e coerente, sempre fiel ao espírito alternativo que o caracteriza, o Festival Paredes de Coura, que acontece junto à praia fluvial do Taboão, naquele concelho do distrito de Viana do Castelo, já foi considerado um dos 5 melhores festivais de música da Europa pela revista Rolling Stone.
Arcade Fire, Pixies, Nick Cave, PJ Harvey, Coldplay e Morrisey, são apenas alguns dos nomes que já pisaram o palco deste festival.
Para a 30.ª edição do Festival — o Festival iniciou-se em 1993, mas por causa da Covid-19, foi cancelado nos anos de 2020 e 2021—há nomes sonantes como Cat Power, Fontaines D.C., Killer Mike, Sampha, Andre 3000, e depois grandes novidades como Nourished by Time, Destroy Boys, Glass Beams, Sextile.
A lista de artistas e bandas inclui também Idles, Girl in Red, The Jesus And The Mary Chain, Slowdive, Slow J, Baxter Dury, Gilsons, Nouvelle Vague, Allah-Las, Branko, Wolf Manhattan e Conferência Inferno, entre outros.
Os espetáculos dividem-se em três palcos, no recinto instalado na zona junto à praia fluvial do Taboão: um principal, um secundário, “que se transforma em ‘after-hours’ depois das 02:00”, e o palco Jazz na Relva.
Com um ambiente único, este festival verdadeiramente transgeracional junta a música à comunhão com a Natureza. Por isso, este ano, a organização, desde sempre a cargo da Ritmos, aumentou o espaço de restauração e triplicou a zona de glamping de luxo. O recinto tem capacidade para 25 mil pessoas e os bilhetes estão tecnicamente esgotados.
Tudo começou com um grupo de amigos
O Festival Paredes de Coura, um dos mais antigos e icónicos festivais de música em Portugal, começou em 1993 na vila de Paredes de Coura, no Minho. A iniciativa partiu de um grupo de jovens locais, que desejavam criar um evento cultural na região, entre eles João Carvalho, o atual diretor do Festival, e Tiago Brandão Rodrigues, ex-ministro da Educação, também natural da vila.
A primeira edição foi mais modesta, com uma programação que incluía principalmente bandas portuguesas e realizada em um palco improvisado na Praia Fluvial do Taboão, um cenário natural que se tornou uma marca registada do festival.
Apesar de suas origens humildes, o festival rapidamente ganhou popularidade, tanto pela qualidade das bandas convidadas quanto pelo ambiente único proporcionado pelo local, que combina música e natureza de maneira singular. Com o passar dos anos, o festival foi crescendo em termos de público e infraestrutura, atraindo cada vez mais artistas internacionais de renome. Em 1996, começou a receber bandas e artistas internacionais, e o Festival, até aí gratuito, passou a ter entrada paga.
O “Couraíso”, como é carinhosamente tratado, é hoje reconhecido como um dos principais eventos musicais em Portugal e na Europa, celebrando a música alternativa e indie, e mantendo uma forte ligação com a comunidade local e com a paisagem natural que o acolhe.
O Vodafone Paredes de Coura voltou a ser eleito Escolha do Consumidor na categoria “Festivais de Música Não Urbanos”, com uma nota global de 78,5%.
Carregue na galeria e veja algumas das fotos de edições passadas, onde se percebe bem a festa e o espírito de comunhão ali sentidos. As fotografias estão publicadas no Instagram oficial do Festival.